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“Naqueles dias, Jesus foi da Galileia até o rio Jordão, a fim de ser
batizado por João Batista. Mas João tentou convencê-Lo a mudar de ideia...” [Mateus
3.13-14]
Não é interessante como nós
vivemos fazendo isso, tentando convencer o Senhor Jesus a mudar de ideia?
João Batista tentou convencer
Jesus a não ser batizado por ele. (Mateus 3.15)
Maria, Sua mãe, não queria deixá-Lo
pensar por Si mesmo. (João 2.4)
Tomé não queria que Ele voltasse
para Betânia, para ver o enfermo Lázaro. (João 11.16)
Os discípulos queriam que o
Senhor despedisse a multidão com fome. (Mateus 14.15-16)
Eles também não queriam que Jesus
nem mesmo ouvisse a mulher cananeia, que clamava atrás deles pela libertação da
sua filha terrivelmente endemoninhada. (Mateus 15.21-23)
E o pior de todos: Pedro tentou
convencer Jesus de ir à cruz! (Mateus 16.21-23)
Porém, se Jesus tivesse atendido
João Batista, Ele não teria sido batizado, a vontade de Deus não teria se
cumprido e o Espírito Santo não teria confirmado quem Jesus era.
Se Jesus tivesse feito a vontade
de Maria, Ele demonstraria que não tinha autonomia para decidir como o Senhor
que Ele é.
Se Jesus tivesse atendido à
chantagem emocional de Tomé, Lázaro não teria sido ressuscitado e a multidão não
teria contemplado tão extraordinário milagre do Deus amoroso.
Se Jesus seguisse a vontade dos
discípulos no deserto, a multidão teria sido despedida com fome, e outro grande
milagre deixaria de acontecer, deixando assim de manifestar a glória do Deus misericordioso
ao povo que precisava vê-Lo no meio de nós.
Se Jesus tivesse cedido aos
discípulos, a mulher cananeia não teria a oportunidade de demonstrar, diante do
Senhor e da multidão, tal nível elevado de fé e humildade, que são dois dos
maiores princípios da vida de um cristão verdadeiro. Esse ensino prático e tão
importante deixaria de ser registrado na história, e a libertação da sua filha
também não teria acontecido.
Se Jesus tivesse dado ouvidos a
Pedro (que estava sendo usado pelo demônio naquele momento), o castigo que nos
traz a paz não teria acontecido, o sacrifício que nos redimiu e nos religou a
Deus não teria ocorrido, e só Deus sabe onde estaríamos neste momento.
Com certeza, Deus sempre sabe o
que é certo, quando deve acontecer e como deve ser feito. Por isso, em vez de continuarmos
tentando conduzir os passos de Deus a nosso respeito, devemos deixá-Lo livre
para decidir e agir em nossas vidas como Ele sabe que tem de ser.
Obviamente, olhar para um Deus
que não Se pode ver com olhos físicos, e confiar nas palavras de um Espírito não
é algo fácil de se fazer. Porém, precisamos exceder os limites da nossa razão,
se quisermos caminhar em paz com Deus e depender da Sua soberana vontade, que é
boa, perfeita e agradável (Romanos 12.1-2).
Lembre-se que Ele é o Senhor
absoluto de tudo. Tudo está abaixo Dele. Tudo se submete a Ele. Isso inclui
todo o sofrimento, toda a dor, toda a pequenez humana, toda a incredulidade,
toda a tristeza, todas as nossas mazelas! Se Ele tem domínio sobre tudo o que é
ruim, muito mais terá domínio e prazer em lidar com o que é bom, com o que nos
faz bem, com o que traz alegria e paz.
É só uma questão de confiar, esperar
e prosseguir para o lugar que Ele indicar. Qualquer um de nós que fizer isso,
jamais será envergonhado. Quem garante é o próprio Senhor Jesus, o maior
exemplo de Alguém que confiou toda a Sua vida à perfeição da Vontade Divina (Marcos
14.32-42; Lucas 22.39-46) e, depois do sacrifício da entrega, foi exaltado no
gozo da eterna glória.
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