domingo, 4 de março de 2018

...E se Jesus mudasse de ideia?


Imagem disponível na Internet.

“Naqueles dias, Jesus foi da Galileia até o rio Jordão, a fim de ser batizado por João Batista. Mas João tentou convencê-Lo a mudar de ideia...” [Mateus 3.13-14]

Não é interessante como nós vivemos fazendo isso, tentando convencer o Senhor Jesus a mudar de ideia?

João Batista tentou convencer Jesus a não ser batizado por ele. (Mateus 3.15)

Maria, Sua mãe, não queria deixá-Lo pensar por Si mesmo. (João 2.4)

Tomé não queria que Ele voltasse para Betânia, para ver o enfermo Lázaro. (João 11.16)

Os discípulos queriam que o Senhor despedisse a multidão com fome. (Mateus 14.15-16)

Eles também não queriam que Jesus nem mesmo ouvisse a mulher cananeia, que clamava atrás deles pela libertação da sua filha terrivelmente endemoninhada. (Mateus 15.21-23)

E o pior de todos: Pedro tentou convencer Jesus de ir à cruz! (Mateus 16.21-23)

Porém, se Jesus tivesse atendido João Batista, Ele não teria sido batizado, a vontade de Deus não teria se cumprido e o Espírito Santo não teria confirmado quem Jesus era.

Se Jesus tivesse feito a vontade de Maria, Ele demonstraria que não tinha autonomia para decidir como o Senhor que Ele é.

Se Jesus tivesse atendido à chantagem emocional de Tomé, Lázaro não teria sido ressuscitado e a multidão não teria contemplado tão extraordinário milagre do Deus amoroso.

Se Jesus seguisse a vontade dos discípulos no deserto, a multidão teria sido despedida com fome, e outro grande milagre deixaria de acontecer, deixando assim de manifestar a glória do Deus misericordioso ao povo que precisava vê-Lo no meio de nós.

Se Jesus tivesse cedido aos discípulos, a mulher cananeia não teria a oportunidade de demonstrar, diante do Senhor e da multidão, tal nível elevado de fé e humildade, que são dois dos maiores princípios da vida de um cristão verdadeiro. Esse ensino prático e tão importante deixaria de ser registrado na história, e a libertação da sua filha também não teria acontecido.

Se Jesus tivesse dado ouvidos a Pedro (que estava sendo usado pelo demônio naquele momento), o castigo que nos traz a paz não teria acontecido, o sacrifício que nos redimiu e nos religou a Deus não teria ocorrido, e só Deus sabe onde estaríamos neste momento.

Com certeza, Deus sempre sabe o que é certo, quando deve acontecer e como deve ser feito. Por isso, em vez de continuarmos tentando conduzir os passos de Deus a nosso respeito, devemos deixá-Lo livre para decidir e agir em nossas vidas como Ele sabe que tem de ser.

Obviamente, olhar para um Deus que não Se pode ver com olhos físicos, e confiar nas palavras de um Espírito não é algo fácil de se fazer. Porém, precisamos exceder os limites da nossa razão, se quisermos caminhar em paz com Deus e depender da Sua soberana vontade, que é boa, perfeita e agradável (Romanos 12.1-2).

Lembre-se que Ele é o Senhor absoluto de tudo. Tudo está abaixo Dele. Tudo se submete a Ele. Isso inclui todo o sofrimento, toda a dor, toda a pequenez humana, toda a incredulidade, toda a tristeza, todas as nossas mazelas! Se Ele tem domínio sobre tudo o que é ruim, muito mais terá domínio e prazer em lidar com o que é bom, com o que nos faz bem, com o que traz alegria e paz.

É só uma questão de confiar, esperar e prosseguir para o lugar que Ele indicar. Qualquer um de nós que fizer isso, jamais será envergonhado. Quem garante é o próprio Senhor Jesus, o maior exemplo de Alguém que confiou toda a Sua vida à perfeição da Vontade Divina (Marcos 14.32-42; Lucas 22.39-46) e, depois do sacrifício da entrega, foi exaltado no gozo da eterna glória.


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